Saindo da cortina de fumaça |
Mas tem essa atitude mental que mencionei há pouco. Que tipo de atitude é essa? Sei lá, mas acredito que as circunstâncias que me fizeram realmente interromper o tabagismo causaram um certo "conformismo do bem", quase um sentimento de impotência e derrota diante de um fato inevitável, iminente. Eu pensei que poderia morrer. E tinha razão, para isso basta estar vivo, mas é que andei experimentando algumas crises de apneia e falta de ar, principalmente à noite. Isso me forçou a fazer uma escolha inconsciente, entre ignorar os riscos e continuar como estava, ou parar com o cigarro e me dar alguma perspectiva.
Além do mais, não acho normal um cara de 33 anos de idade estar ofegante depois de 3 pequenos lances de escada. Ao pensar na extensão da vida que me resta, a conclusão é um tanto óbvia: não tenho tanto tempo sobrando e preciso viver com mais qualidade do que tenho vivido.
Enfim, tenho me sentido bem e não acho que venha a recair, um risco que sempre existe. Me sinto aliviado pelos primeiros dias, quando o risco era ainda maior. Agora que alcancei 10 dias sem fumar, me sinto no direito de acreditar nos próximos 10 dias, 10 semanas, meses e anos.
Este post é praticamente um desabafo, mas daqui em diante devo focar em textos mais práticos e úteis sobre como parar de fumar e seus benefícios. E aproveito para agradecer a todos que se manifestaram lá no Facebook a respeito deste blog e da minha atitude. Vocês não fazem ideia da força que me transmitiram com isso!
Obrigado a todos e até a próxima!
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